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Home office estimula processo de reestruturação em empresas

O aumento do trabalho remoto reduziu a necessidade das empresas de contarem com grandes espaços físicos para acomodarem os colaboradores. Como resultado, muitas companhias estão devolvendo imóveis que haviam sido locados ou diminuindo suas dependências para se adequar à uma nova realidade, onde os escritórios se tornaram um ponto para reuniões e atividades ocasionais.

O aumento do trabalho remoto reduziu a necessidade das empresas de contarem com grandes espaços físicos para acomodarem os colaboradores. Como resultado, muitas companhias estão devolvendo imóveis que haviam sido locados ou diminuindo suas dependências para se adequar à uma nova realidade, onde os escritórios se tornaram um ponto para reuniões e atividades ocasionais.

Segundo levantamento realizado pela consultoria Buildings, especializada em mercado imobiliário corporativo, o número de espaços vagos em edifícios comerciais na cidade de São Paulo subiu de 11,69% no primeiro semestre para 13,58% no período atual, mostrando que diversos imóveis foram devolvidos nos últimos meses. Algumas organizações fecharam as portas, enquanto que outras se mudaram para espaços menores, em um processo de reestruturação.

Empresas como a XP Investimentos e a rede social Twitter, anunciaram recentemente o sistema de trabalho remoto permanente, reconhecendo os benefícios do formato. Outras marcas já realizam os últimos ajustes antes de comunicarem sobre o modelo escolhido.

“A tendência de home office, que era prevista para se tornar comum em cinco anos, se tornou maciça em todo o mundo em apenas três meses, por conta do isolamento social. Desta forma, o mercado precisou se adaptar e percebeu que é possível aumentar a produtividade, cuidar do bem-estar de todos e diminuir custos”, explica Paulo Chabbouh, CEO da L5 Networks, pioneira em desenvolvimento em soluções cloud.

Com as mudanças, parte das corporações já iniciou um processo de reestruturação, com o objetivo de readequar os escritórios para um número menor de colaboradores e para garantir que o distanciamento social seja cumprido. Além disso, as empresas estão se adaptando para que os espaços sejam utilizados em uma espécie de coworking.

“Nossa estrutura também mudou bastante, reformulamos toda nossa sede e a ideia após a vacina, é que nossos colaboradores venham ao nosso escritório apenas quando quiserem, mantendo o home office e estando no escritório para demandas específicas. Realizamos mudanças estruturais necessárias diante da nova realidade e temos agora praticamente um coworking próprio. A expectativa é que, gradativamente, cada empresa conclua qual o melhor formato de trabalho, a verdade é que com as soluções em nuvem, realmente é possível trabalhar de qualquer lugar”, conclui Chabbouh.